quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Fada Oureana

                Fátima, jovem e bela Princesa moura, era filha única do emir, que aguardava dos olhos dos homens numa torre ricamente mobilada, tendo por companhia apenas os aias e, entre elas, a sua preferida e confidente Cadija.
            Apesar de estar prometida a seu primo Abu, o destino quis que Fátima se apaixonasse pelo cristão que seu pai mais odiava, Gonçalo Hermingues, o “Traga-Mouros”, o cavaleiro poeta que nas suas cavalgadas pelos via a bela princesa à janela da torre.
            Rapidamente o coração do cavaleiro cristão se encheu daquela imagem e sabendo que a princesa iria participar no cortejo da Festa das Luzes, na noite que mais tarde seria a de S. João, preparou-se uma cilada de amor.
            No impressionante cortejo de Mouras e Mouros, montando corcéis lindamente ajaezados, Fátima era vigiada de perto por Abu. De repente os cristãos liderados pelo Traga-Mouros saíram ao caminho e Fátima viu-se raptada por Gonçalo.
            Mas Abu depressa se organizou e partiu com os seus homens e perseguição dos cristãos e a luta que se seguiu revelou-se fatal para o rico e poderoso Abu. Como recompensa pelos prisioneiros mouros, Gonçalo Hermingues pediu a D. Henriques licença para se casar com a princesa Fátima, a que o rei acedeu com a condição que esta se convertesse.
            A região que primeiro acolheu os jovens viria a chamar-se Fátima, mas a princesa, já com o nome cristão de Oureana, deu também seu nome ao lugar onde se instalaram definitivamente, a Vila de Ourém.

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